sábado, 4 de junho de 2011

Eu posso, e preciso!
Meu ultimo desabafo, meu ultimo suspiro, meu ultimo grito de angustia, minhas ultimas palavras dessa saudade que machuca. A gente ate engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. 
Eu sempre disse a mim mesma: é claro que isso passa, é claro que vou esquecê-lo, e um dia esse vazio vai ser preenchido dentro de mim…Parece até que isso era uma espécie de talismã pra que eu pudesse continuar toda vez que via alguma foto sua, toda vez que alguém mencionava seu nome, quando eu involuntariamente relia cartas antigas, sentia seu perfume na rua, toda vez que eu acordava assustada com meus sonhos, ou em alguma noite que não consiga dormir por medo de alguma coisa, desejando sua companhia, nem que fosse só pra me abraçar.
É, mas no fundo eu também sabia que esse talismã não servia pra nada. Porque quando alguém me perguntava por ele, meu coração continuava acelerando minhas pernas ainda ficavam bambas, e quando eu sonhava com ele, eu continuava acordando encolhida agarrando o travesseiro numa tentativa fracassada de substituí-lo.
A verdade é que eu sempre achei que seria triste tirar esse sentimento de dentro de mim, eu me agarrava a beiradinha do meu amor, implorando pra que ele ficasse, ainda que doesse mais do que cabe em mim, eu implorava pra que pelo menos esse amor que eu sinto não me deixasse que pelo menos ele, ainda que insuportável, não desistisse.                                                                                        
Sim, no lugar mais intimo do meu coração, eu sabia que não ia passar, porque eu não queria que passasse. E toda vez que eu o encontrava me vinha na mente tudo aquilo que eu fingia tentar esquecer. Toda vez que o encontrava eu continuava a sentir um embrulho no estomago e um calafrio que só sua presença podia causar.
By: Amanda Dourado

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